terça-feira, 9 de junho de 2009

Lançamento da Canção Nova


Cartas entre Amigos

Como Curar o Ressentimento?

Pe. Léo

Vi Deus Num Homem



O agir deve traduzir nossa crença.




Às vezes me pergunto como testemunhar a fé neste mundo e agir do jeito que Jesus agiria em meu lugar? Ou seja: como ser sal na terra e luz do mundo, ser cristã?
Esses dias encontrei um depoimento que me ajudou a responder algumas interrogações como essas. Dizia o texto que o cristão deve ser homem que supere as incertezas e as dúvidas e que - através de uma profunda união com Deus - receba a força necessária para em meio às controvérsias dos tempos, não se deixar levar por elas e assim, imprimir neste mundo a face de Cristo. Para tanto, ele precisa ser um homem em paz consigo, com os outros e com Deus. Deve ser comprovado em sua vida interior e nas virtudes em meio às lutas diárias, já que a fé é, diretamente, ligada às obras.
Isso parece difícil e, na verdade, o é, porém acredito que fica mais fácil compreender quando afirmo que ser cristão é viver bem o momento da vida.

Conhecer, amar e viver são realidades inseparáveis na vida do homem. O encanto pelas belezas da vida e sua disposição em viver o momento presente - colhendo o bem maior em todas as coisas - faz com que ele seja um verdadeiro artista e mesmtre na arte de viver, sendo cristão, sal da terra e luz do mundo como nos pede o Senhor.

E o testemunho quanto a fé sempre vai além das palavras. Quando o momento não é oportuno para falar, o agir deve traduzir nossa crença.

Recordo-me de uma situação há um tempo atrás. Era recém-chegada no trabalho e os colegas, sem me conhecer, mantinham certa reserva, pois sabiam que sou cristãe temiam talvez que eu lhes pregasse sermões. Até que um dia a faxineira faltou ao serviço e eu limpei nossa sala. Fiz isso por amor a minha vida e à deles, pois, sinto-me muito melhor em lugares limpos. Eles sentiram-se tão amados com o gesto, que nunca mais nosso relacionamento foi o mesmo. Não precisei dizer nada sobre minha fé, mas o tempo foi passando e, ao fim de três anos, quando precisei ser transferida do trabalho, fiquei admirada ao ouvir alguns testemunhos emocionados que diziam o quanto rinham se aproximado de Deus convivendo comigo. Certamente não é um mérito só meu, é também seu e de cada um de nós que ousadamente seguimos as palavras de São Paulo, que nos pede que traduzamos nossa fé em obras.

Há uma "historinha" que expressa bem o que quero dizer com isso. Conta-se que em Paris, alguns acadêmicos críticos e maliciosos, informados da vida e atividades do Cura d'Ars e das inúmeras pessoas que iam visitá-lo em peregrinação, estavam incomodados com sua fama e combinaram que um deles fosse à Aldeia de Ars a fim de observar os fatos em segredo. Depois, teriam motivos de sobra para suas zombarias e inclusive provas para desmacarar aquele que eles julgavam ser um enganador do povo. Voltando, permaneceu calado e pensativo, havia mudado completamente o seu comportamento. Quando cercado pelos amigos, que o enchiam de perguntas curiosas e indiscretas, ele apenas respondeu: "Calai-vos irmãos, eu vi Deus num homem!"

É que a vida da quem viu Deus, seja como for, toma nova direção. Constatamos isso em diversas passagens da Sagrada Escritura, fato quenão mudou com a modernidade de nossos tempos.

Que nosso testemunho de vida cristã leve muitos a contemplar Deus em nós.


Dijanira Silva

terça-feira, 10 de março de 2009

Padre Fábio - Perdas Necessárias






Procuram-se Intercessores

Deus procura pessoas que tomem a defesa de seu irmão

Deus ouve as orações dos pecadores. Quanto mais forem importunas e perseverantes nossas orações, tanto mais agradarão a Deus. Quando Nossa Senhora apareceu em Fátima (Portugal), disse aos Pastorinhos que muitas almas iam para o inferno por falta de quem intercedesse por elas; e lhes pediu oração e penitência.

Os que tiveram um encontro pessoal com Deus já não devem se dar ao luxo de pedir a Deus vinganças disfarçando-as sob o nome de justiça. Explico-me melhor: não foram poucas as vezes em que escutei pessoas que, dedicadas ao serviço de sua comunidade, foram se magoando com as estruturas e com os irmãos. Com o passar do tempo, a mágoa se transformou em rancor; e o rancor, em ódio. Sentindo-se injustiçadas, desejavam o mal e pediam a Deus o castigo para os responsáveis por sua dor. Que bom! Ao menos tinham a coragem de desabafar com o Senhor! Mas Deus quer justamente o contrário disso. O amor tudo desculpa. Deus procura pessoas que, em seu coração, tomem a defesa de seu irmão, ou sofram e se penitenciem por ele a fim de que ele encontre a salvação.

Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e tua família. Quanta esperança contida nessa promessa de Deus! Quantos adotaram esse lema e até mesmo o penduraram na parede de sua casa, em seu escritório, no carro, e confessam decididos. Mas crer em Jesus não se resume em saber que Ele existe e é Deus; estende-se também em crer em Sua Palavra e obedecer a Seus ensinamentos. Como temos refletido, é a Palavra de Deus que nos abre os olhos e o coração para a realidade e a necessidade de intercessão. Daí é bom perguntar: Tenho intercedido por minha família? Procuro defender diante de Deus os que amo? Ou os seus erros e defeitos me têm levado a clamar a justiça de Deus contra eles?

O Senhor fica pasmado ao ver que há pessoas que já não intercedem mais, nem mesmo pelos seus, e se espanta de que haja pessoas conformadas com este mundo e que não rezam por sua transformação. "Ele viu que não havia ninguém, admirou-se porque ninguém intercedia" (Is 59,16).
Não basta pedir a graça da salvação. É necessário pedir sempre, até alcançar a vitória prometida por Deus unicamente aos que a pedirem constantemente até o fim.
Hoje ainda podemos consolar Nosso Senhor assumindo com Ele o propósito e o compromisso da intercessão. Ele nos capacitará e nos ensinará. Ele nos dará a fidelidade necessária se a Ele dermos o nosso querer.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Memória do Concílio Vaticano II

O que foi que Deus quis falar à Igreja?

Se há um evento Eclesial que merece uma atenção especial, no avivamento de nossa memória de católicos, é, sem dúvida, o Concílio Vaticano II.

Quanta coisa nos veio do Concílio! E quanta coisa do concílio que ainda não chegou até nós! Voltar ao Concílio, às suas idéias mestres, aos objetivos de João XXIII e Paulo VI, como próprio Concílio propuseram, é lembrar o que, hoje, o Espírito de Deus quer falar ao povo da sua Igreja.

Não basta ter algumas informações gerais sobre o Concílio. Nem saber os nomes dos seus 16 documentos. É preciso ir ao espírito do Concílio e deixar-se guiar por ele. Não podemos contentar com um simples estudo acadêmico. Já no século XII, São Boaventura, grande teólogo franciscano, ensinávamos que ninguém devia se satisfazer com o estudo, a leitura, a pesquisa humana. Para o cristão, o importante é contar com a graça divina, com a sabedoria inspirada por Deus.

O que foi que Deus quis falar à Igreja com o Concílio? Por que João XXIII e Paulo VI quiseram que o Vaticano II fosse um Concílio acentuadamente Pastoral? Como o Concílio vem influenciar a ação pastoral da Igreja, no Brasil?

Leiamos o nº 57 da Carta Apostólica "No Início do Novo Milênio", de João Paulo II: "Quanta riqueza nas diretrizes que o Concílio Vaticano II nos deu! Por isso, na preparação para o Grande Jubileu, pedi à Igreja interrogar-se sobre a recepção do Concílio. E fez-se? O Congresso que se realizou aqui no Vaticano foi um momento dessa reflexão e espero que, a seu modo, se tenha feito em todas as Igrejas particulares. À medida que passam os anos, aqueles textos não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que se beneficiou o Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa".

Dom Epaminondas José de Araújo

Não Deixe seu Coração Insensível

Podemos perder a comunicação com Deus e com as pessoas

O coração insensível é aquele que perdeu a capacidade de sentir aquilo que Deus está falando. O nosso coração é o espaço reservado por Deus, onde Ele colocou a marca d'Ele. A Igreja confirma isso através dos seus documentos. O coração é um sacrário inviolável; portanto, o demônio jamais entrará no seu coração. Ali está a consciência – a morada de Deus – dentro de nós. Dentro dele só existe você e Deus.

Devemos tomar cuidado para que nossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida.

Gula, embriaguez e as preocupações com a vida são três coisas que fazem o homem perder a sensibilidade. Pois a gula tem a ver com a falta de autodomínio; é um desequilíbrio afetivo. A embriaguez pode se dar na forma de bebidas alcoólicas, mas também na forma de todas outras dependências, sejam elas químicas ou não, com o uso de drogas, remédios e até mesmo o vício de assistir TV, ente outros. Temos de descobrir o que está embriagando a cada um de nós. As preocupações da vida geram ansiedade e insegurança e nos tornam pessoas angustiadas e pesadas. Buscar a cura interior significa quebrar a "casca" do coração.

O pecado e os traumas nos levam a olhar para baixo. Você está com um problema muito sério para resolver? Levante a cabeça, pois assim você tem disposição para resolvê-lo. Levante a cabeça! Somos um povo vencedor!

Ouça na íntegra esta pregação do padre Léo:


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mensagem do Dia: 26 de Janeiro de 2009 - Calúnia dos escribas

Calúnias dos escribas - Mc 3, 22-30

Nosso adversário, o demônio vagueia pela terra “buscando a quem devorar” (1Pd 5, 8-9). O Senhor nos assegura sua proteção espiritual contra todos os males. Os milagres realizados por Jesus ultrapassam o poder do homem, levando à conclusão: ou se acredita em Jesus como “vindo de Deus” e esta é a compreensão de Nicodemos, do cego de nascença e de todos os que reconhecem nele o Messias esperado. Ou se afirma que tal poder vem do demônio e aí temos a acusação dos escribas e fariseus, “descidos de Jerusalém”.

O título dado a Beelzebú de príncipe dos demônios prepara a oposição dos dois Reinos, daí a resposta de Jesus: “Todo reino dividido contra si mesmo...”. A atitude de Jesus manifesta a luta que ele conduz contra o poder satânico, pois não existe só a possibilidade do mal, ligada à liberdade humana, mas há um poder pessoal que quer conduzir os homens ao pecado. Já vimos na tentação no deserto, a realidade temível deste Império do Mal, que se opõe ao Messias, o Filho de Deus.

É pelo dedo de Deus que Ele expulsa os demônios, o que os Santos Padres interpretam como sendo o Espírito de Deus, fonte e mensagem, unção divina que consagra Jesus para proclamar o Evangelho. “E uma vez vencido Satã, escreve s. Hilário, Cristo toma seus despojos, isto é, nós mesmos, que éramos as armas do diabo”. “Cristo veio, diz s. Agostinho, e atou o diabo. Mas, diríamos, se ele está atado, como é que ele obtém tantas vitórias? É verdade, meus irmãos, ele obtém muitas vitórias, mas ele triunfa só nos fracos e negligentes”. O próprio s. Agostinho nos diz que o vazio presente em nossa vida só pode ser totalmente satisfeito em Deus e por Ele. “Senhor, sede o mestre de meu coração e o senhor de minha vida. Que nada haja em mim que não esteja sob o vosso senhorio”.

Dom Fernando

Ser Batizado ou não, Faz Diferença?

''...a maior graça que alguém pode receber na terra''

É através do Batismo que participamos da Redenção que Jesus nos conquistou com o Seu precioso sangue. Tanto assim, que Ele disse aos Apóstolos, pouco antes de sua Ascensão ao Céu: "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" (Marcos 16,16).

Pelo pecado de Adão e Eva, a humanidade se separou de Deus, e experimentou a danação, já que Deus é a fonte da vida do homem.

Jesus veio para "tirar o pecado do mundo" (João 1, 29) e recolocar o homem em comunhão com Deus.

Ele fez isso pela sua Paixão e Morte de Cruz, e deixou a Igreja e os Sacramentos para que esta salvação chegue a cada pessoa.

O Batismo é exatamente este primeiro sacramento que nos faz "membros do Corpo de Cristo" (conf. I Coríntios 12, 27) e participantes de Seus méritos. Assim, ser batizado, é fazer parte de Jesus, é ser membro de Sua Igreja, é ser filho de Deus adotado por Jesus Cristo, é ter o Céu por herança, e ter Maria como Mãe. Logo, ser batizado faz muita diferença!

Ser batizado é a maior graça que alguém pode receber na terra; por isso, a Igreja não quer que ninguém fique sem o Batismo; e a criança, pela fé dos pais e padrinhos, deve logo ser batizada.

De todos os meus diplomas, nem mesmo o doutorado tem este valor;
a Certidão de Batismo é o mais importante!

Pe. Pio: Vida de Oração

Desde pequeno, Francisco Forgione era de profunda oração. Menino calado, raríssimas vezes aceitava estar com amigos para brincar, pois eles sempre falavam blasfêmias e, isso doía muito em seu coração. Nas horas de folga, sempre que podia, ia à Igreja de São Pio V para rezar. Outras vezes, gostava de estar sozinho para rezar, sentado embaixo de uma árvore, num recanto da propriedade de sua família.
Foi aos cinco anos que ele decidiu que queria ser franciscano. O hábito e o modo de vida de São Francisco o encantavam.


Desde cedo, sua aspiração de santidade foi de travar grandes batalhas entre a carne e o demônio, que, já na infância, lhe aparecia em sonhos em formas horríveis. Mais tarde, ao longo de sua vida, ele apareceu de maneira direta.
Penitência e mortificação o acompanharam durante toda a sua vida. Certa vez, sua mãe o encontrou ainda menino dormindo no chão, onde somente havia uma pequena almofada, e pensou, por quantas noites ele já não teria feito aquilo.


Porém, Deus nunca o abandonou e lhe foram proporcionadas visões consoladoras de Jesus, Nossa Senhora e de seu anjo da guarda. Certa vez, após a comunhão, ele se viu num grande salão entre dois grupos de pessoas. O primeiro grupo com semblante tranqüilo e o segundo com aparência terrível. Mas ao fundo do salão apareceu Jesus que veio dar-lhe forças.


Viveu os três votos evangélicos: a pobreza, a castidade e a obediência.

Evangelização

Antes de evangelizar, o importante é pertencer inteiramente ao Cristo

A condição principal para a evangelização acontecer é se fazer um com aquele que é O Evangelizador. Muitas vezes, a evangelização é tida como uma experiência de métodos, como uma maneira de proceder frente a uma análise social, e essas realidades são difíceis. Mas não podemos esquecer que em todas as épocas foi difícil evangelizar.
Quando olhamos a forma que Paulo anunciou o Evangelho em Atenas ou Roma, vemos que ele teve desafios e, hoje, ainda temos grandes dificuldades, mas não podemos aumentá-las. Não sabemos se estamos dentro de uma sociedade que está em decadência e que vai se erguer, tudo isso foge do nosso alcance.

O que sabemos é o essencial do método: se fazer um, unir o coração com o Evangelizador, que é o Cristo. Aquele que construiu e edificou a Igreja é o Cristo, quando disse a Pedro "tu és pedra e sobre essa pedra eu edificarei minha Igreja".

Ele disse "EU construirei minha Igreja", então é o Cristo, que constrói e a Igreja pertence a Ele.

Qual é, então, a condição para que a evangelização aconteça?

Que no primeiro momento, nós os evangelizadores, sejamos pedras relativamente estruturadas. Quer dizer, nós precisamos ser cristãos sólidos, fortificados interiormente, como São Paulo diz: "fortificai o homem interior". A segunda coisa é estar inteiramente nas mãos do Cristo.

Então, se cada um de nós pertence inteiramente ao Cristo e se minha vida, meu engajamento, meu pensamento, minhas energias, minhas iniciativas são verdadeiramente conduzidas pelo Cristo, guiadas pelo Cristo e dentro da obediência do Cristo, eu estou entre Suas mãos. E a nossa oração de cada noite é "em tuas mãos eu coloco minha vida". Então, nesse momento, Ele vai poder fazer qualquer coisa de nós.

Os grandes desafios da evangelização não são as dificuldades que encontramos na sociedade contemporânea, mas sim nossa questão pessoal em direção ao Cristo. Se eu pertenço verdadeiramente ao Cristo, posso ficar tranqüilo, pois Ele fará um bom trabalho comigo e em mim - Ele fará o que quiser.

O que Ele quer eu não sei ainda claramente. Eu não sou um robô, não sou uma pedra, sou uma pessoa que pensa pertencendo ao Cristo, olhando a sociedade contemporânea, as questões de hoje.

Por exemplo, a questão de como falar às pessoas, como dizer uma palavra que toque o coração. A questão sobre o desafio da missão, tal como ela é questionada será uma análise intelectual, missionária, sociológica, do mundo contemporâneo, porém secundária.

Um dia, um aluno de uma escola de engenharia da cidade de Lyon me questionou: "Como posso fazer para evangelizar na minha escola, onde há judeus e mulçumanos? Eu não posso chegar colocar a pessoa em um canto e dizer você precisa tornar-se cristão". Eu respondi: "a melhor forma de ser missionário, é deixar que o Missionário com "M" maiúsculo - o único Missionário - realizar toda a missão d'Ele em você.

No dia em que o Cristo tomar posse de toda a tua pessoa, segundo essa frase da segunda epístola aos Coríntios, que nós temos dentro de uma oração Eucarística; nossa vida não pertencerá a nós mesmos, mas àquele que é morto e ressuscitado por nós. Quando Ele cumprir toda a sua missão, no fundo do teu coração, de tua inteligência, tudo e tudo, você pode, então, ficar tranqüilo, pois as palavras serão adaptadas, sua presença será justa e as pessoas serão tocadas pelo teu testemunho.

Para mim, o primeiro desafio não é se fechar sobre uma política astuciosa, um plano original ou um novo método todo adaptado às novidades da sociedade contemporânea. Mas, antes de tudo isso, o importante é pertencer inteiramente ao Cristo - aí eu ficarei tranqüilo, pois Ele nos adaptará. Ele sabe quem somos, para que nos fez e qual é o dom de cada um de nós.
E mais: em minha opinião, Ele conhece e analisa a sociedade contemporânea melhor que nós. Isso para mim é o primeiro desafio: ouvir cada uma das suas palavras e compreendê-las.
Vou dar um outro exemplo. Quando Jesus diz "vocês vão receber uma força e serão minhas testemunhas aqui em Jerusalém e até as extremidades da terra", se eles fossem fracos e dissessem: "eu não irei, pois minha avó é velha, e tenho uma casa de férias perto de Jerusalém..." - coisas como essas; nós não seríamos evangelizados".

Portanto, eles compreenderam que essa palavra do Cristo os tirava da sua pátria, da sua família, de sua casa. Eles partiram em condições de viagem mais difíceis que hoje. Foram a Chipre, Grécia, Itália e desembarcaram na cidade de Marseille; subiram até Lyon, aqui na França e vieram com a sua cultura para dar unicamente uma coisa o Evangelho.

Agora, eu digo: se eu sou cristão é porque eles escutaram essa palavra do Cristo e a colocaram em prática. Eles sabiam que suas vidas pertenciam ao Cristo, por isso partiram. Não conheciam os habitantes dessa terra, nem conheciam o império romano, a mentalidade da época, quais eram os desafios culturais e contemporâneos da evangelização.
Eles sabiam de uma única coisa: que eles pertenciam ao Cristo e que, quando Cristo os enviava em missão, era preciso partir e anunciar o Evangelho. E eles partiram... Graças a eles, hoje eu sou cristão.

E como eu quero que as pessoas sejam bem cristãs, eu não tenho outra solução do que fazer igual: partir hoje na rua, nas periferias, aos jovens, aos velhos, etc dizendo até que ponto eles são amados, até que ponto o amor de Deus chega até eles.
Hoje, em suas vidas, e no nosso mundo, no fundo, esse é o grande desafio da missão: fazer com que as pessoas compreendam que são amadas e até que ponto elas são amadas. Isso é o reconforto mais sólido e profundo.


sábado, 17 de janeiro de 2009

Mensagem do Dia : 17 de Janeiro de 2009

Na vocação de Mateus, a Tradição patrística e a literatura ascética destacam dois aspectos fundamentais: o apelo gratuito e eficaz do Senhor e a resposta pronta e incondicional de Mateus. A primeira revela a bondade e o poder do Mestre, a segunda aponta para a acolhida e disponibilidade do Apóstolo. Jesus, segundo s. Beda o venerável, “viu mais com o olhar interior de seu amor do que com os olhos corporais. Jesus viu o publicano e, porque o amou, o escolheu, e lhe disse: Segue-me. Segue-me que quer dizer: Imita-me. Disse-lhe: Segue-me, mais que com seus passos, com seu modo de agir. Pois quem diz que está sempre em Cristo deve andar de contínuo como ele andou”.

De fato, Jesus o chama e Mateus o segue. Torna-se um familiar do Mestre, vivendo em sua intimidade. Levantando-se, ele vai com Ele, numa correspondência exata e imediata da resposta ao apelo, sinal que ela é sem reticência nem hesitação. É justamente esta atitude, como de Pedro e outros, que deixando tudo O seguem, que lhes permite o afluxo da graça e da alegria, inesperada, pascal de estar com Ele.

Se há polêmica, ela provém de seus adversários. Mas para os doentes, pobres, pecadores, e primeiramente seus discípulos, é a primavera de Deus que aparece com o Esposo. Ele chama e diz como ao paralítico: “Levanta-te... teus pecados te são perdoados”, e como a Mateus: “Vem comigo...”. “Senhor Jesus, nosso Salvador, que possamos ir a Vós e nossos corações sejam afervorados por vosso amor oblativo. Nossos corações estão manchados pelo pecado, purificai-os com o vosso precioso sangue. Nossos corações estão fracos, fortalecei-os com vosso Espírito. Nossos corações estão vazios, enchei-os com vossa divina presença. Senhor Jesus, vossos são os nossos corações; que eles vos pertençam e somente a vós”.

Dom Fernando

Somo os Trabalhadores da Última Hora

Os leigos podem ir aonde os bispos e padres não chegam

Nós estamos, graças a Deus, no tempo da misericórdia, tempo em que o Senhor se põe de braços abertos para acolher a todos que vêm a Ele. Deus é sempre misericordioso, mas também é justo. Haverá um momento em que Ele vai precisar usar da Sua justiça; por isso, volte agora para o Senhor! Ele está esperando por você e pelos seus.

Nós estranhamos a conclusão do Evangelho em que o proprietário sai em busca de operários para sua vinha (cf. São Mateus 20, 1-16). A uva tem que ser colhida no tempo exato, por essa razão ele vai de madrugada procurar trabalhadores, e volta às 9h, ao meio-dia, às 15 e às 17h. Por que ele volta tantas vezes? Porque ele é o dono da vinha e os cachos de uva têm que ser colhidos, pois não podem se perder. É por essa razão que ele vai buscar operários também às 17h.

Há um outro aspecto muito importante nesse Evangelho: vou falar de nós operários que o Senhor manda buscar porque não quer perder suas "uvas". Você é operário do Senhor até mesmo em gratidão por ter sido "colhido" e trazido de volta a Ele. Você é chamado a ser evangelizador e entrar no trabalho do Senhor.

Na Igreja há lugar para todos, mas, na evangelização, vocês leigos podem ir aonde os bispos e nós padres não podemos; em primeiro lugar, na sua família, você é o primeiro apóstolo dela; você pai, mãe, filho. Existem muitos filhos que ainda precisam ser "colhidos" pelo Senhor. Você é o apóstolo da sua casa, você é o evangelizador. Dizemos que "santo de casa não faz milagres", mas a grande arma não está na boca, em você ficar falando com a pessoa, mas a grande arma está nos joelhos: reze, reze, reze! Chegue até a cama de seu filho quando ele estiver dormindo e reze por ele.

Queira realmente que seu filho seja resgatado pelo Senhor, queira e não desanime; busque todas as ocasiões. Facilite para que ele se encontre com outros jovens em tantos movimentos que o Senhor tem suscitado na Igreja d’Ele. Você verá o efeito que isso fará. É preciso que você queira a salvação de seus filhos.

Quantos filhos e quantas filhas precisam resgatar o pai e a mãe também. Infelizmente, há muitos pais que na nossa cultura são “durões” e não vão à igreja, e precisam ser resgatados pelo Senhor; eles não podem se perder, e é claro que você não quer que eles se percam. E não basta que eles sejam “bonzinhos”, eles precisam voltar a Deus, aos sacramentos. Se nós rezarmos ao Senhor pelos nossos pais e avós, o Senhor buscará o momento para salvá-los, nem que seja o último dia.

Meu irmão, é preciso trabalhar e querer a salvação de nossos entes queridos! Você está em lugares aonde nós padres não podemos chegar, e você precisa também ser o evangelizador onde você trabalha e para as pessoas que Deus coloca em seu caminho. Precisamos querer a salvação deles, nesses lugares, você está perto dessas pessoas e pode lhes falar e agir. Primeiro a sua própria presença, como alguém do Senhor, incomoda, por isso, você não pode ser uma pessoa chata. Pois só de não se comportar como os outros, você acaba sendo um estranho no "ninho" e isso incomoda.

Nós não somos “carolas” como eles dizem, mas eles também reconhecem que nós fazemos a diferença; e é assim que precisamos ser, pois quando a “coisa aperta” eles buscam a nós. Reze e não perca a ocasião, pois você é apóstolo da última hora, realize a sua missão.

Meus irmãos, está na hora de acordarmos e darmos tudo de nós, pois o Senhor nos dará o pagamento “daquele que trabalhou o dia todo”. O Senhor quer dar esse pagamento a você, comece onde puder começar; e se você ainda não tem o aprendizado de como levar o Evangelho, fale daquilo que você é hoje, daquilo que você conseguiu; a vida fala mais que mil palavras.

São Paulo fala: “Irmãos: Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1,20c-24.27a). O grande apóstolo foi como um bom operário que não deixou nenhum “cacho de uva” se perder. E ainda diz que só uma coisa importa: viver à altura do Evangelho de Cristo. Diga ao Senhor: “Senhor, é isso que eu quero ser pela Sua graça. Amém!

Luiza, a Mulher Que Nos Ensina

Luiza é o seu nome. A dor que sente não tem nome. Brota das razões mais secretas da alma. Coisa de mãe, coisa de gente que soube recriar o mundo a partir do próprio ventre. A maternidade coloca as mulheres numa parceria invejável com Deus!
Luiza contou-me rapidamente sobre sua dor. Eu não pude ver os seus olhos, mas pude escutar sua alma.

O seu filho de 30 anos, médico, oficial da marinha estava morto. Vítima de uma fatalidade, perdeu a vida ao atravessar um cruzamento em Florianópolis.
Depois que ouvi Luiza eu fiquei pensando no mistérios das perguntas que nos rondam, toda vez que a dor vem nos visitar.

Fiquei tentando entender o quanto deve ser difícil para uma mulher ter que protagonizar a imagem da Pietá, a virgem que segura o filho morto nos braços, aos pés do calvário.
Recolher o filho do chão, aconchegá-lo ao colo e despedir-se dele definitivamente.

A crueza da cena é uma proposta ao silêncio. Arranca-me do mundo das palavras, das respostas prontas e faz-me sentar ao chão, ao lado da mãe, para que eu possa ouvir sua respiraçao ofegante de dor.
Arranca-me dos meus livros, da minha Teologia sistematizada e convida-me a sujar-me na terra do calvário, onde o sangue do filho mistura-se às lágrimas da mãe.

Mistura diferente daquela que o troxe à vida, quando o seu sangue circulava dependente do sangue da sua primeira mulher.
Lágrimas diferentes de tantas outras já derramadas. Lágrimas de alegria por ver o filho dar os primeiros passos; lágrimas de preocupação em noites em que ele demorava voltar pra casa. Lágrimas de vitória, quando em noite especial e de gala, aquele garoto crescido, que até tão pouco tempo lhe confiava os joelhos esfolados de futebol, de quedas de bicicleta, agora estava pronto para medicar as dores do mundo.Um filho especial, como ela mesma me confiara.
Luiza e sua dor. Luiza e suas saudades. Luiza e suas lições.

Fiquei pensando nas minhas pequenas reclamações. Nos cansaços diários que me desiludem e que me despregam da alegria. Pensei no coração de Luiza e quis deixar de reclamar da vida.
O meu sofrimento perde a sua força quando eu o coloco ao lado dssa mulher. E nisso já está a ressurreição do seu filho. Esta dor nos ensina e nos coloca no rumo da sabedoria. Da mesma forma que Maria nos aponta para o sofrimento de Jesus, para que entendamos o nosso sofrimento.

Maria e Luiza são mulheres parecidas nesta hora. Ambas embalaram o filho morto nos braços. Canções de ninar secretas foram entoadas nos silêncios dos lábios. O choro de mãe é oração que tem o poder de mudar o mundo. Só precisamos parar para ouvir...

Hoje, no silêncio de sua dor, pare pra pensar no sofrimento de Luiza. Exercite-se na proeza de esquecer o que lhe aflige, e recorde-se dessa mulher que desconhecemos o rosto, mas conhecemos a dor. Ela tem muito a nos ensinar. Ela é um livro que pode ser lido sem palavras. Ela é um testemunho vivo de que na vida, mesmo nas perguntas mais doídas, há sempre uma esquina que pode nos dar outras opções, além da morte.

Na prece silenciosa que essa mãe nos desperta, permaneçamos.
Amém.

A Oração Simples e Sincera Chega ao Coração de Deus (1/2)



DVD: Aprendendo com as Histórias de Pe. Léo

Homilia: Rezar Para Esperenciar Milagres

20/03/04

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A Oração Simples e Sincera Chega ao Coração de Deus (2/2)


DVD: Aprendendo com as Histórias de Pe. Léo

Homilia: Orar Para Esperenciar Milagres

20/03/04


Você Não Nasceu Para ir Para o Lixo

Convocado pela Ação Católica

A Ação Católica do mundo se une à oração dos cristãos da Terra Santa para implorar o fim do conflito na faixa de Gaza.

Em resposta aos apelos de Bento XVI, a presidência da Ação Católica Italiana convidou todas as associações diocesanas e paroquiais a unirem-se em uma jornada de oração pela paz que acontecerá em 18 de janeiro.

Nesse dia começará a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, motivo pelo qual se propõe dar à iniciativa um caráter ecumênico.

«Nosso compromisso – explicou o presidente nacional da Ação Católica, Franco Miano – é educar os jovens na paz, baseando-nos precisamente na mensagem de Bento XVI, um compromisso por um estilo de vida novo, mais sóbrio e solidário para combater o ódio e a pobreza».

«A exigência de uma paz imediata e de um cessar-fogo por parte de israelenses e palestinos é um imperativo, não podemos ficar com os braços cruzados diante do assassinato de vidas humanas, e o problema não será resolvido com as armas», explicou Miano.

«Os chamados lançados por Bento XVI não podem ficar esquecidos, mas devem levar a uma reflexão no mundo inteiro», conclui o representante da Ação Católica.

A Ação Católica é uma associação pública de fiéis que tem sua origem no próprio seio da Igreja Católica.

Fundada pelo Papa Pio XI em 1922, não assume como próprio um ou outro campo de apostolado particular, mas se integra nas próprias estruturas da Igreja para colaborar no anúncio do Evangelho a todos os homens e ambientes. Está presente nos cinco continentes.

Fonte:ZENIT

Revista de Aparecida

Ano novo, novas esperanças

Caro leitor, o ano novo chega como a condução que nos apanha diariamente para nos levar para algum lugar: trabalho, escola, compromissos... Vem independente da nossa vontade e nos impulsiona para a frente. Ninguém pode contrariar nem parar essa dinâmica. Vem e marca a nossa existência. Ano novo. Temos a sensação de que outra chance nos é oferecida. Mais uma etapa a ser vivida para encontrar o significado que nos realiza. No coração a esperança que o novo será melhor do que o velho que acabou. Porque é novo nos torna apreensivos e nos fascina também.A criança agora vai para a escola, o jovem passou no vestibular. Formatura e colação de grau na agenda. O pai, ou a mãe, diz que este ano conseguirá trabalho e poderá sustentar a sua família, terminar de pagar as prestações e realizar o sonho. Outros vão recuperar totalmente a saúde... vão conseguir se superar e serão felizes. O idoso agradece pela vida - dom de Deus - com mais experiência e sabedoria. A nossa súplica: "Que o Senhor nos abençoe e nos guarde... nos conceda a paz" (Nm 6,22-27).

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Seu Lar Visitado Por Anjos

A família precisa ser um santuário de oração

Se sua casa se tornar um santuário de oração, acredite: seu lar será visitado por anjos. Mais ainda, o Anjo da guarda estará muito presente e, portanto, você não estará mais sozinho. Muitas vezes nós estragamos tudo porque fazemos as coisas por nós mesmos: são os nossos planos. Precisa ser, radicalmente, o contrário: ore, peça, interceda e tenha certeza: o próprio Senhor vai fazer com que o Anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e saúde que precisam.

Quanto a educação de nossas crianças, confie seus filhos ao Anjo da guarda de cada um deles; peça ao seu Anjo que lhe dê sabedoria para educá-los. Ele irá colocar na sua mente e no seu coração a sabedoria que você necessita ter; também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouve e obedece, vai obter a sabedoria que precisa para educá-los.

Se as coisas vão de mau a pior, é porque a nossa vida e nossa casa não têm sido um lugar de oração; pelo contrário: têm sido casa de insultos, pornografias, adultérios... infelizmente, um local onde não se reza. Chegamos ao ponto de vermos pais com vergonha de abençoar seus filhos e, lógico, filhos que não sabem pedir a bênção. As pessoas têm vergonha de fazer o sinal da cruz antes de comer. Adoram a televisão: passam horas diante dela, assistindo e adorando as novelas sujas que entram pelos olhos, ouvidos e coração para nos fazer cada vez mais pessoas decaídas, com sentimentos ruins. E não se consegue tempo para rezar um terço, para unir a família em oração, para ler a Bíblia. Tem-se vergonha de Deus! Por isso as coisas vão de mau a pior.

Muitas vezes tudo vai depender somente de você. Se os outros não querem rezar, disponha-se; reze você! E saiba: além dos Anjos de Deus, infelizmente, a Palavra nos diz que existe uma multidão de espíritos malignos, de anjos decaídos _ por serem desobedientes e rebeldes _ que estão também ao nosso derredor. Vejamos na carta de São Paulo aos Efésios: ''Para terminar, armai-vos de força no Senhor, da sua força onipotente. Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. Lançai mão, portanto, da armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer de pé, tendo recorrido a tudo'' (Ef 6,10-13).

Compreenda: você não luta contra seu marido que entrou para a bebedeira; nem contra sua mulher que caiu na infidelidade ou contra seu filho que entrou para as drogas. Você não está apenas lutando contra forças humanas; contra as estruturas injustas da sociedade, o desemprego e injustiças sociais. Além de tudo isso estamos lutando contra forças espirituais do mal. São espíritos malignos que querem acabar conosco, levando-nos ao Mal.

Um grande segredo é compreendermos também que, na verdade, não somos nós que lutamos contra os espíritos malignos, e nem temos forças para enfrentá-los. Seríamos tolos se quiséssemos enfrentá-los com as nossas próprias forças. Quem luta são os anjos do Senhor. Quem os sustenta na batalha, somos nós com nossas orações. Anjos bons lutam por nossa causa, para nos defender. É disso que São Paulo nos fala: ''Há uma luta espiritual nos ares, nesse mundo de trevas''. E como daremos a vitória aos anjos que lutam por nós? A resposta, está no mesmo capítulo do livro de Efésios, de acordo com a tradução da Bíblia Ave Maria:

''Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos'' (Ef 6,18).

Aí esta a solução: ''Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância''. Isso quer dizer que: se você está alegre, ore; se está triste, ore; com dívidas, chateado por causa de seu filho, com o coração quebrado por causa do seu marido, sofrendo por causa do desemprego; machucado por causa de alguém que o ofendeu... ore. Em todas as circunstâncias, ore. ''E perseverai em intesa vigília de súplica por todos os cristãos''.





Arsenal de Infantilidades

Trazemos um excesso de sentimentos infantis

'...enquanto o herdeiro é menor, em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo, mas está sob tutores e administradores, até o tempo determinado por seu pai. Assim também nós, quando menores, estávamos escravizados pelos rudimentos do mundo. Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus' (Gálatas 4; 1-7).

Essa palavra é muito concreta e humana, inicialmente podemos achar um absurdo assemelhar uma criança ao escravo. É simples porque uma criança não é capaz de fazer a separação das coisas. A criança é egoísta e o egoísta é aquele que se ocupa do seu mundo, para ele o outro é uma extensão da sua necessidade. As crianças são escravas de suas necessidades.

A maturidade de uma criança acontece à medida que ela vai crescendo. Uma criança é escrava porque ela não sabe a razão da regra, mas se submete a ela. Quando ela cresce e obedece a regra porque a compreende, ela deixa de ser escrava. Quantos jogos construtivos, que educam a criança para compreensão de regra, são jogos simples de encaixe, entre outros, não videogames nos quais, muitas vezes, a regra é matar.

O desconhecido nos escraviza. Tudo aquilo que você desconhece se torna soberano sobre você e muitas vezes você teme uma pessoa desconhecida, e aí está a infantilidade. Nós também trazemos as infantilidades nos nossos afetos, insistimos em trazer em nós um arsenal de sentimentos infantis, egoístas, só pensamos em nós e em nossas necessidades. A birra é o excesso da criança, excesso da infantilidade, pois nela a criança se sente fracassada por não conseguir seu objetivo. Quando somos afetivamente infantis, nos transformamos em verdadeiros monstros. Se você não disciplina uma criança, o seu destino não será diferente. Ensine-a a lidar com as impossibilidades.

Quantos adultos não têm coragem de dar opinião, não se manifestam, porque são infantis, são escravos de seus medos, isso é mesma coisa de birra, pos não sabem lidar com os limites.

Abandonemos as nossas birras que se manifestam na nossa cara feia, nas nossas respostas ríspidas, entre outras... Só não nos jogamos no chão porque não temos coragem.

Quantos adultos com medo de quarto escuro. Eu pergunto: Qual o mal de um quarto escuro? Mas quantas vezes fomos trancados nos quartos e disseram que lá dentro tinha um monstro? Uma criança não tem inteligência suficiente para saber que ali não há um bicho, porque a referência que ela tem é o adulto.

Como você pode curar seu medo de quarto escuro? Traga à sua razão o que o faz sentir medo. Entre no quarto escuro e diga: ‘Este quarto não pode me fazer mal’. Você hoje é adulto, maduro, olhe para as fases da sua vida que precisam ser curadas, olhe para você criança, você adolescente. Permita que Deus resgate a sua alma ferida. Muitas vezes é preciso voltar no tempo e se reconciliar com você mesmo.

Nenhum perdão será concreto se antes você não se perdoar; nenhum olhar será profundo se você não se olhar.

O que pode nos destruir na vida não é o que os outros fazem para nós, mas o que permitimos que outros façam de nós. O maior consolo que você precisa não é o dos outros, é de você mesmo. Não adianta o outro deixar você livre, se você se sentir escravo.

Deus é especialista em curar corações machucados. Pare de lamentar o que você não teve. Seja como o rio, que quando alguém coloca alguma barreira nele, ele não deixa de crescer, mas fica mais profundo.

Deus ainda prefere os miseráveis. Deus olha para você, e no momento da sua birra, Ele se encontra com você.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Amizade em Estado de Alerta


Quando percebemos não ter escolhido a pessoa certa

Todos nós temos diferentes graus de amizades e sabemos que a partir desse primeiro nível de relacionamento outros sentimentos poderão aflorar. A palavra “amizade” é definida pelo dicionário como fiel afeição, simpatia, estima ou ternura entre as pessoas que geralmente não estão ligadas por laços de família. Ao estabelecermos fortes vínculos com pessoas, que não foram educadas sob os mesmos princípios nossos – identificando-nos com elas e as considerando dignas de confiança – nasce a amizade.

Quem conquistou uma verdadeira amizade, deposita e acredita na integridade do amigo a ponto de destacar suas qualidades dentre outras pessoas conhecidas. Tornamo-nos mais próximos à medida que se desenvolvem os laços de amizade.

Sem medo, fazemos dessa pessoa uma fiel depositária dos nossos sonhos, partilhamos nossas necessidades, dores, crises e choramos, juntos, se for preciso. Sentimo-nos amados e correspondemos a esse amor manifestando também o nosso carinho por esta pessoa.

Quanto maior for a confiança mútua, tanto maior será o enriquecimento de nossos relacionamentos. Embora possam surgir algumas desavenças, uma amizade verdadeira resistirá às situações de dificuldade. Entretanto, a credibilidade, que se tem por alguém, desaparece quando aquilo que pensávamos ter sido verdadeiro é descoberto como uma farsa, mentira ou uma maquinação para se tirar, de alguma maneira, proveito do relacionamento estabelecido.

Se a confiança mútua enriquece e fortalece nossos vínculos, a desconfiança nos faz ficar em constante “estado de alerta”, tanto por parte de quem causou a situação como para quem foi vítima dela. Como se costuma dizer: estaremos sempre dormindo com um olho aberto e outro fechado quando estivermos perto dessa pessoa.

Quando alguém sofre algum tipo de decepção, mesmo que seja em ambiente de trabalho, dificilmente as pessoas quererão integrar em uma mesma equipe com quem a causou. Imaginemos a dificuldade do convívio, se a confiança for abalada, dentro de um relacionamento mais estreito em que o casal faz planos para o futuro ou entre sócios de um empreendimento?

Uma vez desconfiados, como poderemos partilhar aquilo que consideramos importante com alguém que rompeu um tratado de “cumplicidade”? Por mais que este insista em dizer que se corrigiu e que mudou seu comportamento, para a pessoa, que se sentiu enganada, restará a dificuldade em viver a mesma cumplicidade de antes.

Diante da triste experiência, percebemos não ter escolhido a pessoa certa para depositarmos nossa confiança. Reconhecer nosso erro, por alguma coisa que não deu certo com determinada pessoa, é uma virtude. Das amargas experiências vividas nos relacionamentos, aprendemos que há uma grande diferença entre um verdadeiro amigo e um conhecido.

Para se viver a cumplicidade necessária dentro de qualquer relacionamento, seja este comercial ou não, a confiança é fundamental. Se acreditamos no provérbio que diz sobre o tesouro que se tem aquele que encontrou um amigo, vale a pena garimpar atentamente para se alcançar tal riqueza e evitar maiores aborrecimentos.


Teologia e Espiritualidade do Advento

Um convite a viver a expectativa vigilante e alegre do Senhor que vem

Na sua riqueza teológica, o Advento considera todo o mistério da vinda do Senhor na história até o seu desfecho total. Esses eventos estão interligados mutuamente por diversos mistérios.

O Advento faz memória da dimensão histórica da salvação: celebra o Deus que age na história, Deus da aliança que age nos acontecimentos para salvar. O Advento é o tempo, torna-se sacramento do agir de Deus. Advento é o tempo litúrgico que recorda a história como lugar de atuação de salvação de Deus.

Nele também se evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão no qual Deus está sempre presente para salvar. Ele ultrapassa a visão individualista e estática dos novíssimos para uma visão escatológica dinâmica na qual a história é o lugar do agir de Deus, lugar das promessas, direcionando para o "dia do Senhor". Fomos reservados para a salvação, mas esta herança se revelará somente nos fins dos tempos.

Este tempo também recorda uma verdade essencial: a conotação missionária. A Igreja atualiza a missão de Cristo ajudando os homens a perceber o Reino e a interiozá-lo no seu coração. De modo que nele [Advento] se aprofunda o significado autêntico da missão.

Por fim, o Advento apresenta o Deus da libertação que entra nos corações dos homens, o protetor da causa dos pobres e oprimidos. A missão, à luz do advento, suscita esperança dos fracos e humildes e não apóia os poderosos deste mundo. Ele nos faz compreender o mistério salvífico e ajuda-nos a empenhar-nos no anúncio e testemunho do Reino de Deus. Na sua dimensão espiritual, a liturgia do Advento é um convite ao cristão a viver a expectativa vigilante e alegre do Senhor que vem, a esperança, a conversão e a pobreza. Portanto, é uma espiritualidade que remete para aquilo que é essencial na vivência cristã.

O olhar dos cristãos, no tempo do Advento, se fixa na esperança segura do cumprimento final, a vinda gloriosa do Senhor: "Maranatha: vem, Senhor Jesus". Toda a Igreja anseia por isso e todo o nosso peregrinar nesta terra visa este encontro glorioso com o Senhor. É um a expectativa vigilante acompanhada do convite à alegria, porque aquilo que esperamos certamente acontecerá. Deus é fiel!

No Advento, a Igreja reconhece que o Deus de Jesus Cristo é o Deus da esperança. Este tempo nos educa para a esperança, libertando-nos das impaciências e do frenesi do futuro programado pelo homem. A Igreja vive na esperança a sua existência como graça de Cristo e por isso torna-se sinal concreto de libertação integral do homem, que é ao mesmo tempo, dom e tarefa.

O tempo do Advento suscita a luta contra o torpor e a negligência, requer prontidão, por isso conversão. O comportamento vigilante do Senhor que vem, suscita mudança de vida frente aos prazeres e bens terrenos, exige sobriedade e renúncia aos excessos e a tudo aquilo que desvia o cristão da vinda do Senhor.

Por fim, a espiritualidade do Advento se caracteriza pela espiritualidade do pobre que confia em Deus e se apóia n'Ele. Espiritualidade daqueles que vivem a pobreza do coração, exigindo uma pobreza efetiva e a renúncia em colocar a confiança nos bens terrenos.


Feliz Homem Novo!

Espiritualidade verdadeira do Reveillon

Mais um ano se finda na excitação das grandes festas de Reveillon, nas quais nos preparamos para celebrar a chegada de mais 365 novos dias. Pessoas de todo o mundo, lembrando das dificuldades vividas durante todo o último, se enchem de esperanças para enfrentar um novo exército com 365 bravos guerreiros que não hesitarão em nos testar até a exaustão de cada dia.

Certamente, celebramos o primeiro dia do novo calendário na expectativa de um ano de paz e confraternização mundial. Queremos que os próximos dias sigam pelas veredas da paz e harmonia, entretanto, muitas pessoas ainda envolvidas por velhos hábitos não irão se importar em pular sete ondas, comer sementes de romã, ou em se vestir de branco acreditando que essas e muitas outras receitas populares poderão "atrair" boa sorte, afastar o mau-olhado ou trazer a felicidade acompanhada de muito dinheiro e saúde.

Como seria bom se ao puxar a última folha do velho calendário fosse para o cesto de lixo todas as nossas maldades, problemas e tristezas vividas. Como seria prazeroso se ao pular as ondas do mar, além de relembrarmos nossa infância na alegria do nosso primeiro passeio na praia, tivéssemos a certeza de estar saltando também todas os nossos problemas e tristezas, ou ainda, vestindo-se de branco, todas as nossas forças fossem revitalizadas... Contudo, nada disso acontecerá, se ao iniciar o Novo Ano não nascer em nosso coração o desejo de submetermos a Deus as rédeas de nossas vidas. Entregando-Lhe o nosso desejo e empenho de ser diferente, de responder a Seus desígnios conforme Sua vontade.

Toda a humanidade anseia por um mundo em que todas as nossas diferenças pessoais pudessem ser eliminadas, e que antes de conviver lobos e cordeiros, pudéssemos experimentar a convivência como irmãos. Entretanto, para a realização dessa verdade se faz necessário primeiro nascer o Novo Homem e essa receita já nos foi apresentada por Jesus em diálogo com Nicodemos – um fariseu e doutor membro do Conselho Supremo. "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus." (Cf. João 3,1-21)

Mesmo que ainda tenhamos a vergonha ingênua de entregar a Deus nossa vida, aproveitemos para atualizar o mesmo encontro de Nicodemos com Jesus, na vigília em que todos esperam para o Novo Ano.

Aquele que deixa resplandecer sobre si a luz da face d´Aquele que tem o mundo em suas mãos, conhecerá o Seu caminho e todas as nações a Sua Salvação. (cf. Salmo 66,2)

Que a contagem regressiva dos 10 últimos segundos do ano marque o nosso lançamento nos braços do Deus que é um Pai apaixonado, buscando viver no Réveillon uma espiritualidade verdadeira que, de fato, faça-nos novas pessoas.

Feliz Ano Novo!

Construir a Restauração na Família


A coisa mais importante para se proteger um amor e restaurar um relacionamento é saber ouvir

Sendo uma realidade dinâmica, o matrimônio está aberto à construção e também às feridas que machucam e atrapalham o crescimento da vida familiar. Algumas situações acabam sendo grandes possibilidades de ruptura, mas também podem se transformar em momentos de graça e de vida plena. É preciso aprender a construir a restauração da família.

É preciso assumir uma missão muito especial: a reconstrução, restauração e a recuperação de casamentos feridos e debilitados, que geram famílias estragadas, desunidas e machucadas.
Um dos elementos que precisam ser trabalhados, de modo correto e sereno, refere-se a tudo aquilo que provoca a raiva. A raiva é a emoção mais difícil de se trabalhar. Ela tende a tomar conta de nossas vidas, empurrar-nos e levar-nos a dizer e a fazer coisas que, em condições normais, provavelmente julgaríamos repugnantes e até inconcebíveis.

Na vida conjugal e familiar, a raiva tem um poder amplamente destruidor. Quando não resolvida, torna-se a ameaça número um dos relacionamentos. Quanto mais o tempo passa, mais grave torna-se o problema. A raiva não sara quando se casa. Se acontecer de se transformar em fúria – caminho natural da raiva não resolvida – ela não poderá mais ser controlada. Um dia, explode.

A raiva é como uma infecção que afeta a família inteira. Além de ser doença, é geradora de muitas enfermidades: violência física, psíquica e espiritual; depressão; alcoolismo e outras dependências químicas; comportamento agressivo; indiferença e distanciamento. Se não for resolvida adequadamente, a raiva não vai embora nem simplesmente desaparece. Ela se mantém escondida e vai se tornando cada vez mais venenosa com o tempo.
Quando domina uma família, a raiva provoca o distanciamento de todos os seus membros. Um passa a evitar o outro, e não se compartilham mais as emoções bonitas e renovadoras de esperança e de compromisso familiar. Desse silêncio pode nascer a indiferença, maior alimentadora da raiva ignorada e sufocada.

A raiva é até certo ponto natural na vida conjugal e familiar. Dificilmente uma família conseguirá conviver de modo tão harmonioso que nunca vá fazer a experiência de momentos geradores de raiva. E não adianta esconder o que se sente. O grande desafio é aprender a trabalhar com a raiva, aprender a expressá-la de forma construtiva.

Para trabalhar com a raiva, é necessário se perguntar: De onde vem minha raiva? Será que estou distorcendo ou aumentando as coisas, fazendo-as parecer muito maiores do que realmente são? É preciso aprender a se controlar e a se comunicar. Não alimentar a raiva com pensamentos negativos, hostis e melancólicos. Ninguém está sempre certo ou completamente errado. É preciso aprender a ceder de vez em quando.

Contudo, ninguém saberá ceder de vez em quando se não aprender a ouvir mais e a falar menos. A coisa mais importante para se proteger um amor e restaurar um relacionamento é saber ouvir. Quem não sabe ouvir jamais saberá se comunicar e nunca conseguirá experienciar uma intimidade profunda. Aprender a ouvir o outro é um mecanismo absolutamente necessário para vencer e superar a raiva. Saber ouvir fortalece o relacionamento, porque se aprende a valorizar o outro. Só quem sabe o valor que o outro tem aprenderá a ouvi-lo com amor e respeito.







O Que é Realmente Ser Amigo

Nada se compara a um amigo fiel. O ouro e a prata não excedem o seu valor

Em um determinado momento comecei a pensar o que significa realmente ser amigo? Quais são as pessoas que hoje posso chamar de meus amigos?

Comecei então uma viagem para descobrir realmente o que é ser amigo. Percebi que não tenho muitos que posso chamar de amigos de verdade. Fiquei preocupado e comecei a questionar onde tenho errado para ter tão poucos amigos.

Então me lembrei de Jesus, um homem tão conhecido, tão procurado, mas tinha poucos amigos. Percebi que entre setenta e dois discípulos, ele escolheu doze para ser seus apóstolos. Quando precisou revelar algo muito importante, só três estavam com ele: Pedro, João e Tiago; e desses três, um foi o discípulo mais amado.

A amizade verdadeira nasce do coração de Deus. Posso ter muitos colegas e ser querido por muitos, mas amigos verdadeiros são poucos. O interessante é que esses amigos nos são dados por Deus em momentos chave da nossa vida, como anjos que vêm em nosso auxílio, que nos dizem a verdade que precisamos ouvir e não o que nos convém, que nos mostram o verdadeiro sentido da vida e nos fazem crescer. Quanto mais toco na humanidade do meu amigo, mais me torno um com ele.

A verdadeira amizade tem o poder de ressurreição, pois é com os verdadeiros amigos que posso morrer e ressuscitar, cair e me levantar. Pois meu amigo sempre estará ali, me ajudando a ser melhor, me formando não só com palavras mais acima de tudo com a vida.

Ah! Como é bom olhar para trás e ver que Deus me deu amigos de verdade, que me fizeram mais feliz, que choraram comigo, me disseram para seguir em frente quando preciso; mas também me disseram para parar quando necessário. Amigos que me fizeram entender que amizade verdadeira me dá liberdade para construir novas amizades.

Sou muito grato a Deus por cada um de meus amigos, anjos enviados pelo Senhor para que eu pudesse alcançar o céu. Posso dizer que sou amigo sim e isso me traz grande alegria, pois descobri que nos meus relacionamentos, não simplesmente passei, mas também marquei e permaneci...

Este é um convite de Deus para cada um de nós: fazer a diferença em nossas amizades, mostrar para o mundo em que vivemos que existem amizades verdadeiras que podem ser vividas de forma sadia, se forem alicerçadas em DEUS. Pois "um amigo fiel é uma poderosa proteção, quem achou descobriu um tesouro, nada é comparado a um amigo fiel;o ouro e a prata não excedem o seu valor. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme ao Senhor também terá uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante" (Eclo 6,14-17)

Essa é promessa de Deus é para você e para mim. Que possamos então assumi-la de forma consciente e coerente. E sempre estarmos atentos as visitas de Deus através deles.

O Senhor, que conhece o seu coração e sabe do que verdadeiramente você necessita, lhe conceda a fidelidade em suas amizades e lhe torne não amigos de todos, mas ser profundo em seus relacionamentos, lhe dando verdadeiros amigos. Amém!

Deus abençoe.

Marcelo Felipe de Moraes

Presença de Mãe

Maria quer retirar a frieza dos seus relacionamentos

No princípio, Deus criou os céus e a terra. Seria muita inocência acreditar que simplesmente uma bomba explodiu e tudo foi criado: o sol, a lua, as estrelas no firmamento, a água e o fogo. Deus é o Criador, e não outro. E, ainda que uma bomba tivesse explodido, quem teria criado a bomba? Ele não apenas criou o mundo, como cada um de nós, à Sua imagem e semelhança. (cf Gn 1,26)

Um Deus tão poderoso e onipresente poderia, se quisesse, trazer Seu Filho ao mundo sem cooperação humana. Jesus poderia "descer" do Céu com 30 anos, já pregando o Evangelho, curando, libertando, anunciando o Reino do céu, mas quis precisar de uma jovem: Maria. E a virgem deu à luz o Emanuel, que quer dizer "Deus conosco". Foi escolhida entre todas a única digna, a mais santa. Deus quis uma mãe e preparou um grande povo até chegar a Maria.(...)

Certo dia, almoçando em um restaurante, servi meu prato com a bela comida que me era oferecida. Quando engoli "a primeira garfada", ela estava fria. Tão bonita e tão fria! Chamei o garçom e disse: "Mas garçom, esta comida está fria! Prefiro o arrozinho quentinho com ovo da minha mãe!". Ele prontamente respondeu: "Eu também!". Boa mesmo é a comida da mãe. Só a mãe tem esse cuidado. Maria é zelosa, terna.

Abandonar Nossa Senhora é abandonar a ternura, é perder o amor, a simplicidade e a humildade; por isso, nossa devoção à Maria tem de ser muito mais do que algo externo, tem de ser de coração, e isso envolve a nossa vida.

Leve-a para dentro de sua casa. Deixe-a participar do seu dia-a-dia, dos seus problemas, mas também de suas alegrias. Apresente sua família a ela, converse, se abra, escute-a. Jesus vai acompanhá-la, acredite!

Pais, peçam as bênçãos necessárias para os filhos; filhos peçam as bênçãos para seus pais. Apresentem também os amigos que freqüentam a casa. Abra o seu coração a Jesus e Maria, fale do que você acredita, da sua fé. O que está faltando em sua casa é a paz, a reconciliação ou a própria presença de Maria e de Jesus? Você traz consigo tantas carências, mágoas, decepções? Há quanto tempo você não manifesta um gesto de carinho para as pessoas que você ama? Maria quer retirar a frieza dos seus relacionamentos.

Jesus, desfaz toda frieza e ressentimento pela intercessão de Tua mãe. Inunda o meu coração de filho e o coração dos meus pais e irmãos, libertando-os de toda angústia e depressão. Maria, vem com teu Filho Jesus e restaura a alegria que fomos perdendo pelas lutas diárias. Obrigado, Jesus e Maria, por tudo que realizastes durante essa visita. Obrigado, Jesus, porque restauraste o meu amor de filho por Tua Mãe e minha Mãe. Amém.
















A Vida Eterna é Questão de Decisão

Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo!

Vamos supor que a sua casa é o campo, você é o trigo, seu irmão é o joio e ambos estão crescendo. Seu irmão diz pra você.

"Hoje, beato, só vive na igreja, bobão não aproveita esse mundo maravilhoso que só tem coisas bonitas, fica ai só rezando o terço e indo a missa todos os domingos..."

Chegará o dia da vinda de Jesus, e ele levará você, que foi fiel, para resplandecer no céu. Já o seu irmão, que não quer saber de mudanças de vida, será jogado no fogo do inferno. Para este irmão não se perder, faça penitência por ele.

Há alguém que você conhece e que só pensa em fazer coisas erradas? Faça penitência pela conversão dessa pessoa, antes de Jesus chegar, porque depois não haverá mais tempo para mudança.

É o juízo final! Para quem for de Deus, o destino será o Reino; para quem não for o inferno.

Diversas pessoas engajaram-se no serviço a Deus e com os comentários e as perseguições que surgirão ao longo do tempo, aos poucos estão voltando à vida mundana.

Ninguém sabe o dia em que Jesus chegará, mas todos sabem que vão morrer um dia. Talvez daqui a alguns anos ou talvez hoje mesmo. É certo que nos encontraremos com o senhor e, por isso aquele que se interessa de mais pelo mundo e pelo que é dele será julgado conforme as más obras que praticou e apoiou. Aquele que viveu fielmente a Deus, ouvira Sua voz dizendo: "Vinde benditos de meu Pai, venham agora participar do Reino eterno".

"Deus é misericordioso" , afirmam alguns querendo justificar a penitencia no pecado. Lembre-se de que o mesmo grau de misericórdia que o senhor possui, possui também de justiça. Ele é misericordioso, mas é também justo e, desta forma nos indica o caminho certo e nos pede mudanças de vida.

Não podemos ter medo, nem orgulho de procurar ajuda para sair do pecado. Quando vamos ao confessionário, muitas vezes "trememos na base", mas na hora de pecar ninguém treme, pelo contrário, nos entregamos mesmo. Chega! Façamos penitência, mudemos de vida! Convertamos o nosso coração ao Senhor, disciplinemos o nosso corpo e rezemos com mais freqüência.

Quem aproveitou tudo no mundo vai aproveitar tudo no inferno; e que não aproveitou nada no mundo vai aproveitar tudo no Céu. Quem tem ouvidos para ouvir ouça! Não deixe o orgulho tomar conta de você, porque ele é a fonte de todos os males. Lúcifer foi precipitado do Céu por causa do orgulho.

Vamos aguardar Nosso Senhor que vem: "Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo" . Quem tem ouvidos para ouvir ouça!