segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Exaltação da Santa Cruz


A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos em 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimonia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalizando-nos para sempre com Cristo.

A cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3, 17-19)

No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21, 4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada mo alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria (Nm 21 8-9).

Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte) nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo atraves do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a benção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucaristica de Festa: "Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti pedimos, te cantamos louvor!".

A Cruz mão é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da Cruz em nossa fronte, a todo momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar por nós.

Notícias do Vaticano

Foi no pátio interior da residência estiva de Castel Gandolfo, onde o Papa se encontra ainda em repouso, que teve lugar, também este domingo, ao meio dia, a oração mariana do Ângelus.

Dirigindo-se aos numerosos fiéis provenientes de várias partes do mundo, Bento XVI deteve-se dobre as leituras da missa deste domingo, em que São Lucas nos fala das "três parábolas da misericórdia": a ovelha tresmalhada, a mulher que procura o dracma perdido, o regresso do filho pródigo.

Parábolas que não se resumem a palavras, mas constituem a explicação do próprio ser e do agir de Jesus.

Com efeito - frisou o Papa - o pastor que encontra a ovelha perdida é o próprio Senhor que toma sobre si a Cruz da humanidade pecadora para a redimir.

Por outro lado, o filho pródigo que reconhece e seu desvio da retidão e, arrependido, decide regressar à casa de seu pai pronto a confessar que pecou contra ele e contra o Céu, permite-nos conhecer - disse Bento XVI - o valor da peregrinação interior que ele efetuou, dando-se conta de que não era digno de ser chamado filho por seu pai. Mas o amor de Cristo, não nos abandona e ele é acolhido com festa pelo pai.

Como não abrir então o nosso coração à certeza de que, mesmo sendo pecadores, somos amados por Deus?

- Perguntou o Papa aos presentes a quem chamou de caros amigos.

- E logo respondeu que Deus não se cansa de vir ao nosso encontro, que é sempre Ele quem percorre primeiro o caminho que nos separa Dele.

É um Deus que se desloca do trono do juízo para o trono da misericórdia, referiu o Papa, citando o livro do Êxodo e acrescentando que o arrependimento é a medida da fé e que graças a ele se retorna a Verdade.

Só a fé pode transformar o egoísmo em alegria e restabelecer as relações como o próximo e com Deus.

Ainda antes da recitação das Aves Marias Bento XVI falou, em italiano, da viagem apostólica que, a partir da próxima quinta-feira, vai realizar ao Reino Unido, onde proclamará beato o cardeal John Herny Newman e pediu a todos que o acompanhem com orações.

Depois da Oração do meio dia, falando em francês, o Papa explicou que a personalidade e os ensinamentos do cardeal Newman podem ser para a nossa época e para o ecumenismo uma fonte de inspiração aonde todos podem ir beber.

Bento XVI pôs também em realce a beatificação, este domingo, em Granada, na Espanha, do frade capuchinho Leopoldo de Alpandeire, exprimindo a sua alegria para com a família framciscana por mais este irmão que se junta à sua longa lista de santos e beatos.

Em inglês o Papa deu boas-vindas
aos peregrinos desta língua, especialmente aos bispos que participam no encontro ecumênico patrocinado pelo Movimento dos Focolares. Saudou também os jovens do Oratório de Dom Bosco de Victoria, Gozo e Malta, assim os Amigos da Fundação João Paulio II da Arábia Saudita.

Fonte: Radio Vaticano

São João Crisóstomo, Bispo, Confessor e Doutor da Igreja


Nasceu em 347 na Antioquia. Ele estudou leis com o orador pagão Libasnius e teologia com Deodoro de Tarsus, diretor da respeitada Escola de Alexandria. Embora desejando ser um monge, no início, não pode entrar para a vida monástica por que sua mãe Anthusa tinha uma condição física péssima e ele mesmo não tinha boa saúde, um pouco devido a vida ascética que levou como eremita de 373 a 381.

Foi um diácono em 381 e foi ordenado em 386 pelo Bispo Flavian de Antioquia. Sua magnífica oratória fez com que ganhasse o apelido de Crysostom (Boca de Ouro) e obteve a reputação de ser o maior orador de sua época.

Seus sermões iam do evangelho até a conversão pessoal e a reforma moral da sociedade. Ele fez 88 sermões apenas sobre o Evangelho de São João. Oferecido a Sé de Constantinopla ele declinou e depois aceitou e foi sagrado Arcebispo de Constantinopla em 389. Em pouco tempo estava arrependido, pois a corte imperial Bizantina estava impregnada com intrigas e a aristocracia não queria suas reformas e a Imperadora Eudóxia considerava muitos dos seus sermões como um ataque pessoal ao seu governo. Havia ainda para inquietar mais a corte, a enorme popularidade de São João com o povo. Em 403 os esquemas contra João culminaram com a sua condenação no Sínodo de Oak no qual João foi deposto de seu posto. No ano seguinte João conseguiu sua reconciliação com a corte, mas em junho de 404 ele foi exilado novamente. Enviado para Isauria nas Montanhas de Taurus, uma parte remota da Ásia Menor (hoje Turquia) João enviou cartas implorando a ajuda dos seus amigos na Igreja. O Papa Inocêncio I (401-407) tentou sucessivamente a sua libertação. Como João sobreviveu como preso, mais do que se esperava, ele foi transferido para Pontus e forçado a uma longa jornada son um terrível temporal. Ele morreu em 14 de setembro de 407. João é honrado como Doutor da Eucaristia, pelos eloquentes escritos sobre a Real Presença de Cristo. Diz a tradição que ele teria testemunhado a Real Presença de Cristo na Eucaristia. De fato, é relatado que ele e toda a congregação que estava dentro da Igreja, certo dia, tiveram o privilégio de ver a forma do Corpo de Jesus em uma de suas consagrações.

Ele revisou a Liturgia grega e foi indicado Pai da Igreja Grega e proclamado Doutor da Igreja em 451.

Padroeiro de Constantinopla, Istambul, dos oradores e pregadores e outros que trabalham com os problemas da fala.

Sua festa é comemorada no dia 13 de setembro.

Lançamento Canção Nova

















Cartas de São Paulo