
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Exaltação da Santa Cruz

Notícias do Vaticano
Dirigindo-se aos numerosos fiéis provenientes de várias partes do mundo, Bento XVI deteve-se dobre as leituras da missa deste domingo, em que São Lucas nos fala das "três parábolas da misericórdia": a ovelha tresmalhada, a mulher que procura o dracma perdido, o regresso do filho pródigo.
Parábolas que não se resumem a palavras, mas constituem a explicação do próprio ser e do agir de Jesus.
Com efeito - frisou o Papa - o pastor que encontra a ovelha perdida é o próprio Senhor que toma sobre si a Cruz da humanidade pecadora para a redimir.
Por outro lado, o filho pródigo que reconhece e seu desvio da retidão e, arrependido, decide regressar à casa de seu pai pronto a confessar que pecou contra ele e contra o Céu, permite-nos conhecer - disse Bento XVI - o valor da peregrinação interior que ele efetuou, dando-se conta de que não era digno de ser chamado filho por seu pai. Mas o amor de Cristo, não nos abandona e ele é acolhido com festa pelo pai.
Como não abrir então o nosso coração à certeza de que, mesmo sendo pecadores, somos amados por Deus?
- Perguntou o Papa aos presentes a quem chamou de caros amigos.
- E logo respondeu que Deus não se cansa de vir ao nosso encontro, que é sempre Ele quem percorre primeiro o caminho que nos separa Dele.
É um Deus que se desloca do trono do juízo para o trono da misericórdia, referiu o Papa, citando o livro do Êxodo e acrescentando que o arrependimento é a medida da fé e que graças a ele se retorna a Verdade.
Só a fé pode transformar o egoísmo em alegria e restabelecer as relações como o próximo e com Deus.
Ainda antes da recitação das Aves Marias Bento XVI falou, em italiano, da viagem apostólica que, a partir da próxima quinta-feira, vai realizar ao Reino Unido, onde proclamará beato o cardeal John Herny Newman e pediu a todos que o acompanhem com orações.
Depois da Oração do meio dia, falando em francês, o Papa explicou que a personalidade e os ensinamentos do cardeal Newman podem ser para a nossa época e para o ecumenismo uma fonte de inspiração aonde todos podem ir beber.
Bento XVI pôs também em realce a beatificação, este domingo, em Granada, na Espanha, do frade capuchinho Leopoldo de Alpandeire, exprimindo a sua alegria para com a família framciscana por mais este irmão que se junta à sua longa lista de santos e beatos.
Em inglês o Papa deu boas-vindas aos peregrinos desta língua, especialmente aos bispos que participam no encontro ecumênico patrocinado pelo Movimento dos Focolares. Saudou também os jovens do Oratório de Dom Bosco de Victoria, Gozo e Malta, assim os Amigos da Fundação João Paulio II da Arábia Saudita.
Fonte: Radio Vaticano
São João Crisóstomo, Bispo, Confessor e Doutor da Igreja
Nasceu em 347 na Antioquia. Ele estudou leis com o orador pagão Libasnius e teologia com Deodoro de Tarsus, diretor da respeitada Escola de Alexandria. Embora desejando ser um monge, no início, não pode entrar para a vida monástica por que sua mãe Anthusa tinha uma condição física péssima e ele mesmo não tinha boa saúde, um pouco devido a vida ascética que levou como eremita de 373 a 381.
Foi um diácono em 381 e foi ordenado em 386 pelo Bispo Flavian de Antioquia. Sua magnífica oratória fez com que ganhasse o apelido de Crysostom (Boca de Ouro) e obteve a reputação de ser o maior orador de sua época.
Seus sermões iam do evangelho até a conversão pessoal e a reforma moral da sociedade. Ele fez 88 sermões apenas sobre o Evangelho de São João. Oferecido a Sé de Constantinopla ele declinou e depois aceitou e foi sagrado Arcebispo de Constantinopla em 389. Em pouco tempo estava arrependido, pois a corte imperial Bizantina estava impregnada com intrigas e a aristocracia não queria suas reformas e a Imperadora Eudóxia considerava muitos dos seus sermões como um ataque pessoal ao seu governo. Havia ainda para inquietar mais a corte, a enorme popularidade de São João com o povo. Em 403 os esquemas contra João culminaram com a sua condenação no Sínodo de Oak no qual João foi deposto de seu posto. No ano seguinte João conseguiu sua reconciliação com a corte, mas em junho de 404 ele foi exilado novamente. Enviado para Isauria nas Montanhas de Taurus, uma parte remota da Ásia Menor (hoje Turquia) João enviou cartas implorando a ajuda dos seus amigos na Igreja. O Papa Inocêncio I (401-407) tentou sucessivamente a sua libertação. Como João sobreviveu como preso, mais do que se esperava, ele foi transferido para Pontus e forçado a uma longa jornada son um terrível temporal. Ele morreu em 14 de setembro de 407. João é honrado como Doutor da Eucaristia, pelos eloquentes escritos sobre a Real Presença de Cristo. Diz a tradição que ele teria testemunhado a Real Presença de Cristo na Eucaristia. De fato, é relatado que ele e toda a congregação que estava dentro da Igreja, certo dia, tiveram o privilégio de ver a forma do Corpo de Jesus em uma de suas consagrações.
Ele revisou a Liturgia grega e foi indicado Pai da Igreja Grega e proclamado Doutor da Igreja em 451.
Padroeiro de Constantinopla, Istambul, dos oradores e pregadores e outros que trabalham com os problemas da fala.
Sua festa é comemorada no dia 13 de setembro.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Vi Deus Num Homem

O agir deve traduzir nossa crença.
Às vezes me pergunto como testemunhar a fé neste mundo e agir do jeito que Jesus agiria em meu lugar? Ou seja: como ser sal na terra e luz do mundo, ser cristã?
Conhecer, amar e viver são realidades inseparáveis na vida do homem. O encanto pelas belezas da vida e sua disposição em viver o momento presente - colhendo o bem maior em todas as coisas - faz com que ele seja um verdadeiro artista e mesmtre na arte de viver, sendo cristão, sal da terra e luz do mundo como nos pede o Senhor.
E o testemunho quanto a fé sempre vai além das palavras. Quando o momento não é oportuno para falar, o agir deve traduzir nossa crença.
Recordo-me de uma situação há um tempo atrás. Era recém-chegada no trabalho e os colegas, sem me conhecer, mantinham certa reserva, pois sabiam que sou cristãe temiam talvez que eu lhes pregasse sermões. Até que um dia a faxineira faltou ao serviço e eu limpei nossa sala. Fiz isso por amor a minha vida e à deles, pois, sinto-me muito melhor em lugares limpos. Eles sentiram-se tão amados com o gesto, que nunca mais nosso relacionamento foi o mesmo. Não precisei dizer nada sobre minha fé, mas o tempo foi passando e, ao fim de três anos, quando precisei ser transferida do trabalho, fiquei admirada ao ouvir alguns testemunhos emocionados que diziam o quanto rinham se aproximado de Deus convivendo comigo. Certamente não é um mérito só meu, é também seu e de cada um de nós que ousadamente seguimos as palavras de São Paulo, que nos pede que traduzamos nossa fé em obras.
Há uma "historinha" que expressa bem o que quero dizer com isso. Conta-se que em Paris, alguns acadêmicos críticos e maliciosos, informados da vida e atividades do Cura d'Ars e das inúmeras pessoas que iam visitá-lo em peregrinação, estavam incomodados com sua fama e combinaram que um deles fosse à Aldeia de Ars a fim de observar os fatos em segredo. Depois, teriam motivos de sobra para suas zombarias e inclusive provas para desmacarar aquele que eles julgavam ser um enganador do povo. Voltando, permaneceu calado e pensativo, havia mudado completamente o seu comportamento. Quando cercado pelos amigos, que o enchiam de perguntas curiosas e indiscretas, ele apenas respondeu: "Calai-vos irmãos, eu vi Deus num homem!"
É que a vida da quem viu Deus, seja como for, toma nova direção. Constatamos isso em diversas passagens da Sagrada Escritura, fato quenão mudou com a modernidade de nossos tempos.
Que nosso testemunho de vida cristã leve muitos a contemplar Deus em nós.

